Nesta semana, que simbolicamente o mundo cristão revive, em cerimonias mais ou menos sensíveis, com procissões, templos abertos até tarde, homilias, filmes históricos, encenações públicas dos quadros de vida que Cristo viveu no Seu Tempo…. Todas as razões são boas para sentir na pele, no coração, na nossa vida o exemplo de amor de Deus por nós.
É o chamamento à razão, à fé, e à consciência do pecado que sempre vamos cometendo, ou não fossemos nós humanos com suas virtudes e defeitos.
Sabemos de nossas fragilidades, de nossas questões de vida, dos desesperos, angústias… e, confrontando tudo isso com a morte de Cristo, Filho de Deus, dado aos homens para o sacrifício de Seu filho, para remissão de nossos pecados, talvez por vezes sejamos ingratos.
Esta semana, chamada de semana Santa, é a semana de todas as semanas dos Cristãos, pois nela encontramo-nos perante a fragilidade do nosso ser, perante a inconsistência, inconstância da nossa fé; é a confrontação perante o terrível dilema da morte e o que ela pode significar para nós…. Salvação, vida eterna, ou, morte pura e simples na sua vertente mais inútil, e animal.
Na semana da paixão de Cristo, a morte interpela-nos, questiona nossa vida, nossa forma de olhar a Deus, e compreender o quanto nos falta para O atingir.
A morte nos Cristãos, ameaçadora para alguns (a maioria…), e a paz serena, a tomada de consciência da nossa mesquinhez, perante a grandeza do Espírito, do que nos espera, é o grande dilema, o grande tabu.
A vida de Cristo, a sua mensagem, os seus milagres, demonstram cabalmente a Sua origem divina, o Seu reino não é deste mundo, disse Jesus….
Podemos dizer que Deus veio até nós, quis falar connosco, e fê-lo através de Seu Amado Filho Jesus Cristo, só que a cegueira, o egoísmo e os bem instalados de vida tudo fizeram para o não escutar, e não o conseguindo, arranjaram forma de o matar, crucificando-O!!!.
Pobres de Espírito, porque não vêm a Deus, mal sabiam que não se pode matar o Criador, o omnipotente, o omnipresente, o omnicisente, o misericordioso e bondoso Deus…. nem sabiam, pobres coitados que mais não estavam que cumprindo um desígnio Divino…. a crucificação para a salvação da humanidade, de Seu Filho Jesus Cristo.
Jesus ao morrer, confronta-nos com a nossa consciência, com o nosso dever de cristãos, pelo exemplo pedido, pela fé exigida, pela solidariedade vivida, fraternidade sentida, e amor ao próximo, tudo isto num plano de humildade Cristã!
Salvou-nos sim, mas para a vida eterna, num plano espiritual, já que Deus é espírito, sendo que d’Ele viemos e para Ele vamos. Só que quando viemos, vínhamos impuros, espiritualmente "escuros", e na nossa morte depois de baptizados e pela morte redentora de Jesus Cristo, somos seres de luz, de verdade e filhos de Deus, e partimos em melhores condições espirituais para ascendermos e vermos a Deus.
“A morte, Aquela Porta…” (ver texto no blog voarnopensamento.blogspot.com), não deve ser para nós um acto de terror, tristeza, angustia, mas sim de alegria, de fé, porque tenhamos a consciência de que estando programada, ela significa que acabamos de vencer um etapa no caminho de Deus.
Olhemos a Paixão de Cristo sem megalomanias excepcionais de fé, com mais ou menos folclore de crendices mercantilistas, mas com o reconhecimento, a consciência, do quanto pecadores, mesquinhos, e anafados mentais por vezes somos.
Abramos nossa mente ao espírito de Deus, não tenhamos receio do mundo espiritual, porque é o nosso meio por excelência, de lá viemos, para lá voltamos, já que o que é da Terra à Terra volta, enquanto que a nossa alma, nosso espírito, vem de Deus e para Ele torna num plano eterno de salvação.
A paixão de Cristo, é o acto de amor jamais conseguido por alguém, e só ao nível do Criador e nosso Deus, pois que Ele amor, é paz, é felicidade, é bem-estar, é ausência de dor, de doença, fome e guerra…. é a garantia da felicidade tranquila, prometida ao povo de Deus a caminho da terra prometida, onde o leite e o mel não faltarão.
Neste tempo, façamos um esforço, para pelo menos sermos contidos, reservados, interiorizando a nossa fraqueza, o nosso pecado, que é o de não conseguirmos amar, dar e receber amor, pois mesquinhos nos preocupamos em regulamentar o que nunca foi regulamentado por Deus….. o Amor, dávida maior de Deus, e que nós nunca entendemos, pois n’Ele tudo é amor, ou não seja essa a força maior da nossa realidade Humana!!!
Amar sempre,
Dar e receber sempre,
Na fé, na esperança de estarmos a ser justos cumpridores dos desígnios divinos.
Amem
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1 comentário:
Excelente para uma reflexão,o dedinho na ferida de todos nós.BISA-BRA-PE.
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