No teu sono dos justos, depois de uma batalha bem guerreira, eu zelo pelo teu descanso.
Nos árduos caminhos, por entre ravinas que a vida nos coloca, eu zelo por ti.
Nas tuas dúvidas, e natureza tão humana, nas fragilidades da caminhada, eu zelo por ti.
Agora que descansas, num sono que sei profundo, enquanto eu por aqui zelo pensando como teu sono possa ser retemperador, eu te digo..... me abato, mas caio devagarinho.
Na ausência do teu sorriso, uma imagem se detém em minha pobre mente sobre-aquecida de tanto "viajar" no teu encalço, não vá eu perder de vista o porto de abrigo, onde possa enfim ter descanso.
Sei que dormes, porque te sinto, e não minto se te disser, que os olhos pesam, o corpo doí, mas o coração ama. Não minto!!!.
Tenho a sensação da pele, do toque aveludado, do gemer contido, num sussurro abafado, quando em ti toco e sem saber por qual lado eu posso manter teu sono..... acordado!.
O calor da cama, o apelo do quente aconchego, o teu respirar mais parecendo querer abafar, num movimento lento, entre o sono e amar, deixar o beijo saltar.
Quero ver-te dormir, com esse ar de quem está no paraíso, num relaxe pecaminoso, de formas curvadas, de um apelo contido... eu te amo!. Dorme, o dia foi bravo, a batalha está no intervalo, as forças não podem faltar, e o dia se advinha, sinto os pássaros chilrear, o galo está a cantar.
Eu zelo pelo teu sono, quero que seja continuo....mas teu ar pecaminoso, as formas curvadas....sim, em ti toco, num pensamento voraz, sedento de amor, há como eu queria manter o teu sono, e eu aqui acordado.
Pressinto o desalinho dos teus cabelos, "vejo-os" por todo o lado, mal vislumbro tua face, no meio de um tom claro, onde descubro os teus lábios num beijo continuo, e os olhos teus semi-cerrados, num olhar esguio de sono não acabado, mas te digo, Beatriz, eu zelo pelo teu sono.... acordado!.
Os pássaros cantam, seu chilrear é maior, o dia espreita, e eu aqui zelando, para ter a certeza de que teu sono é justo, e verdadeiro.
Sou o guardião do sonho, há desculpa...... do sono!!, o cansaço trai, já me troca as palavras, mas não o pensamento..... onde reside o alimento de um amor sofrido.
O corpo está aquecido, a vigília é longa, e sabes Beatriz.... não queria que fosse curta, porque enquanto dormes, eu sei que te contemplo...e assim posso "viajar" por ti adentro, como quem arruma o pensamento, como quem num lamento terno caído.... desejoso, ardente num corpo sedento... como te amo Beatriz!.
Minhas costas dão sinais de ceder, mas não desisto, então não sou o guardião de teu descanso Beatriz?.... tal como um soldado que sua princesa vigia, eu não quero cair exausto antes que seja dia, sem que tu antes me digas .... Bom Dia!.
Queria assistir ao teu amanhecer, ao teu esbracejar, e ver teus musculos estirar, e ouvir o teu gemido, na tua voz quente, dizer.... "já?!!!..., que horas são?...."
Gostava te servir um manjar, um pequeno almoço de chocolate, ou um sumo de frutas natural, talvez gostes.... não??!!.
Ok!, quando quiseres diz, porque não quero com nada faltar!.
Da saudade também se vive, dos momentos gostosos não vou largar, deixar cair meus pensamentos, relaxar meu sentimento. Posso cair de dor, de estretor arfar, mesmo não dormindo por tanto zelar, quero este amor guardar e conservar.... porque é pecado deixar o que custou tanto a ganhar!.
Te Amo Beatriz!.
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