A lembrança intensa vivida
O desejo quente, abraço longo
D’um sentimento bom,
Minha força dirigida
Num grito silencioso a ti,
Tolo que fui, porque não o sou,
Sonhar a lua na terra perdida.
Na minha ousadia que foi amar
Dei, voltei a dar sem retorno esperar
Sem olhar, sem me negar,
Me envolvi, me transformei, amei
Mesmo que hoje só possa sonhar!.
Montanhas subi, em busca do céu,
Rasguei nuvens, apartei trovões
Segurei vendavais, tempestades,
De afectos reais, sentidos,
Nesta tormentosa, corajosa dor,
Neste mar revolto, não vencidos,
Num estertor, um grito, eu solto.
Amor perseguido, sustido
Num preconceito maléfico,
Nos rouba o céu, paraíso prometido!
Prisioneiros, escravos de pensantes escusados
que opinam valores, falácias, castrantes
Nos tornou eternos e amados,
E lutando por sonhos, como dantes
Com ilusões, mesmo que sofridos,
Batidos, mas ousados, nos desejos do coração,
Num impulso nato, ao som do trovão,
Eu falo, grito, com tom terno…
Não!, não matam aquilo que é eterno!.
Mesmo que o céu rasgue, e as estrelas caiam
Num turbilhão apocalíptico, nosso amor vence,
Recusar nossa paixão, será a mentira
Na traição vencedora, do nosso coração
Que se quer, se amem, desejem
Num amor rebelde que vivido
Por ele estamos, desejosos em união
Apesar dos falsos profetas como antes
Nós continuamos…
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1 comentário:
"Quando o amor quer falar a razão de calar-se." BRISA.
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