Exaustos cansaços
De dores contidas
Nas lágrimas dum desgosto
Com juras de amor vividas
Nos teus braços
De uma morte anunciada, pensada,
Numa troca feita por nada
No sonho da ilusão masturbada!!!
.
Oh! Dor imensa, corpo retalhado,
Nos amores perdidos, desencontrados,
Sentindo-me tolo, demente olhado
De muito amor dado, tolhido choro
Nas lágrimas que não derramo
De secas noites molhado.
Sou passado, futuro,
Talvez presente…
De alguém querendo ser
Ausente.!!!
.
De razões dúbias, motivos estreitos
Se mata o amor bem-feito,
Na ilusão pura da vantagem
A preceito.!!!.
Te dava o futuro, no presente construído
Mas tu quiseste o seguro vindouro
Destruído…
A preceito!!!.
.
Se me trocas, por dor do peito
Vivendo amarga desventura
De quereres ter a jeito
O amor e a aventura!!!.
Carrego o fardo da pena tua
Do amor rejeitado amargura
Do temor fizeste marco, vida dura.
Não busques colo
Não queiras favor
Num mundo ignóbil
Talvez onde já não haja amor!.
.
Nada se dá em troca da mão vazia,
Nada se tem sem que se chore,
Doce amargo, amor venceria
Se da coragem fizéssemos
Nossa batalha do dia-a-dia!
.
Da dignidade feita luta
Sem pudor vergonha ou abalo,
Não sei se a dita
Na felicidade viria
Se do corpo castigado ralo,
Nos sentiríamos, usados
Vendidos, usurpados
Na alma bemdita.
.
Ah! Ilusão torpe, enganosa
Tolhes meus passos, morte
De erráticos sentimentos
Tidos, sem norte ou sorte.
Eu sou a vida
E me calo na brisa,
Do vento norte que tolo
De má sorte me avisa….
Teu amor não é morte, é vida
Luta querida, de um amor
Que por um triz
Tu serás minha....
(Prosa de Antonio Ferreira)
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