Tenho o apelo do des-norte, sinto a ofensa dos humildes, vibro com a emoção do desejo que não é morte.
Numa busca, insana, como se de uma criança se tratasse, eu busco o “brinquedo” num impasse, que o choro impede eu alcance.
Na minha cabeça errante, bate fundo a ofensa fácil, o roubo do tesouro que um dia julguei ser meu, pensando eu ser fácil fazer valer somente com amor o que queria meu.
Pobre engano, me esqueço que hoje os tempos são mais que mais do que amor, são também amargura, dor, sofrer duro a ausência de alguém que pensando ser amor, é também ausência, distancia, não clemência.
Meus tempos, vão ruins, de choro fácil, abundante liquido que pela face escorre, para refrescar o esquentado, o ardor de meus olhos sofredores.
Estou cansado, exausto, e o descanso é pouco, contudo não desisto de falar do que gosto, e sinto…. Talvez esteja louco!!!.
Na intimidação fácil, por vezes me tentam assustar, sem contudo o conseguir, e só o respeitar, amar e bem-querer fazem de mim o homem sensato que sempre fui.
Não sou de ofensa, nem mal-querer, porque de boa cultura sou, contudo não posso desejar bem a quem me magoa, desconsidera e procura afastar do bem que é AMOR!.
Os perigos da vida são o nosso desafio, e eles são a melhor maneira de nos darmos, e vencermos para assim ganharmos o respeito de quem gostamos.
Estou triste, tudo me vai correndo mal, e neste deserto da minha vida, vou convivendo com lacraus, escorpiões mais ou menos venenosos, ratos do deserto velozes percorrem a minha mente como querendo roer o pouco que resta da minha memória, mas eu teimoso, caminho por entre esses perigos, subindo e descendo as colinas de areia que nos vão se deparando sempre na esperança de o oásis de amor encontrar, e lá saciar minha sede, beber de amor, e dormir no regaço, no aconchego de um colo que quero quente, meigo e fogoso.
Eu sou amor, o caminho é de dor, meus pés sangram das picadas venenosas, mas confesso, que o desejo de chegar é mais forte que a tentação de parar, e me deixar devorar por esses escorpiões, lacraus ou ratos que no meio de meu sono-cansaço espreitam o momento de me atacar.
O deserto é meu, o trilho escolhi eu, o destino é oásis-amor, que fica no lugar de Beatriz, esse lugarejo algures no deserto que quero seja só meu e estarei lá antes que o sol se ponha, porque à noite os perigos são mais que muitos e eu posso adormecer….
1 comentário:
"...E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente.Apenas nos iludimos julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.Comingo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram,todos os dias felizes que se apagaram.Não perdi nada, apenas a ilusão que tudo podia ser meu para sempre." BRISA.
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