Um bom amigo é melhor que um psicanalista, é o antídoto para uma tristeza profunda, uma amargura de vida, aquele a quem nós não damos descanso recorrendo a ele sempre, sempre, quase nos convertendo na sua “Tortura”.
Tenho bons amigos, boa gente que me acompanha, me faz sentir melhor a cada vez que lhes falo, mas há sempre uns mais evidentes que os outros, como tudo na vida.
Queria aqui prometer que sobre eles escreverei, cada um a seu momento, porque não me tenho na conta de um ingrato, porque sei que normalmente me converto num egoísta inconsciente, e por isso absorvo seus tempos e os martirizo com as minhas questões.
A esses amigos lhes agradeço do coração, a minha gratidão eterna.
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Para uma amiga que se tornou minha mana....
-O teu jeito amigo, o teu bem-querer, o teu falar, aconselhar me faz bem.
-Escutar tuas palavras, sentir teu afecto, faz-me bem.
-A tua preocupação, o teu cuidar de mim pela palavra, faz-me bem.
-Sentir a paz que tuas palavras me incutem, faz-me bem.
Não posso agradecer, porque a amizade conquista-se, não se agradece, mas tenho que ser grato, e isso eu Sou!, porque nos momentos mais difíceis, senti o gosto da amizade, da tolerância aos meus afectos feridos, às mágoas dolorosas, e sei quanto te machuquei pelas minhas dores repetidas, talvez cansativas, mas... nunca senti em ti o menor sentimento de rejeição ou fastio.
No teu jeito aberto, de uma frontalidade companheira, quero de ti falar, porque te tornaste minha conselheira, amiga de peito, sofredora de caminho, peregrinação conjunta em sofrimentos gémeos.
De mim sabes, pelo que escrevo, imaginas meu ser pela minha sensibilidade e mesmo sem saberes se defeitos tenho, não questionaste porque acreditaste que não minto no amor que escrevo e sinto, que partilho, dou, confesso sem pudor, porque se assim não fosse....não é amor!.
Falas de coração aberto, dizendo o que sentes sem antes pensar, mas não te apoquentes, porque essas pessoas como tu, são normalmente puras, sinceras, porque não temem mostrar quem são, porque fazem da exponteineadade a sua verdade sem temer magoar, porque são de coração a falar, constroem a verdade em seu redor, e porque tu és verdadeira, porque não pensas antes o que dizes, porque não temes o teu sentimento, nem pensamento, tu és a minha mana....!!!
Encontro no tua fogosidade o “sabor” da amizade sincera, sábia, e pertinente, e não penses que estás errada por assim seres, não…, se erras, maldade não deve ser procurada, porque não pensada, antes devemos encontrar aí a pureza de um carácter que sendo um espírito aberto, é transparente, acertivo, solidário, companheiro, puro, que sabemos nunca ser pré-concebido porque espontâneo.
Queria dar-te um abraço, um beijo, mesmo com a distancia que o impede, to digo… do coração já to dei, da alma te abraçei!.
Te procurei, e encontrei, te tirei o sono e não ficaste zangada, te criei incomodo e não me recusaste, tu foste o refúgio que eu encontrei, o colo sábio, a palavra amiga, tu és a minha mana!.
Senti por vezes a tua canseira, o teu horror pelo que eu pudesse ou não fazer de errado, tu exigiste o meu descanso, a toma de calmantes, tu viveste o meu desencanto, eu senti…a tristeza partilhada, a dôr que eu egoisticamente te "obriguei" a ter.
De teu nome Fátima, que em Portugal se venera como padroeira, e a quem se pede milagres, eu te direi…, por mim conseguiste que a paz retornasse ao meu peito, ao meu sentir, me conferiste dignidade, e a vontade de sorrir numa esperança calculada, em que tu Fátima acreditas mais que eu, os manos afinal são assim.
Sei bem de quantas dores és feita, de quantas angustias te cercam, e quanta resistência te faz endurecer o sentimento…, e mesmo assim tens sempre tempo para te esqueceres de ti, e te lembrares de mim…
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