Nesta luta por ti
Quero encontrar-te, neste louco amor
De tudo, muito e pouco
Meu coração fraqueja, vacila
Na sua batida inocente
Pressinto fim trágico
Deste amor ardente, envolvente
Que meu coração talvez, carente
Quis sentir mais que tudo, calor
Num encosto, desejado muito
Sonhado, molhado dormente.
Como o abutre macilento
Que no bater das asas, forte
Quase morte, abutre agoirento
Que sobre mim voas
Tenebroso sentimento este
De sentir….
O abraço no amor que odeias.
Minha cabeça tonta
Olhar desnorte, torpe
Pressinto cada vez mais perto
A carreta…., a morte!.
Me tornei objecto mole
Do amor ferido, exaurida sorte.
Não baixes teu voo, abutre
Não venhas já…, não tenhas pressa
Sinto o odor do teu manjar
Espera um pouco mais
Deixa meu corpo amar…
Apesar de fraquejar, sentir teu beijo
Quente, despedida mortal.
Num esforço sublime amor
Mas não me leves
Mesmo que pene, caio em bocados
Numa podridão assolada
Como peste doentia contagiosa
Numa dor compensada
Que tu minha amada….
Queres rejeitada.
Hoje um amor, de paixão matinal
Na minha vida, que quero, queria
Mas não sabia que não tenho
Já a o dom da magia
A sedução do teu olhar
Num abraço dócil, talvez letal.
Escuso conselhos
Recuso auxilio, pouca sorte minha
Como vencer o martírio
Tortura, arrepiante
Amor até agora sólido
Morto num instante
Num momento mórbido
De dúvida doentia, cobarde
Que nascida antes da noite cair
Me roubou o amor mutante
Calou a paixão partilhada
Na cama quero mote amada
De teu corpo possuir
O sonho da vida desejada.
Agora sim, voa baixo abutre
Podes levar minha carcaça
Esvaziada de amor morte
Roubado, violado por palhaços
Que de sorte não esperam nada
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