
Quantas vezes desejamos, sentimos, e ficamos libidinosos só em imaginar? Muitas, seguramente!. Virtual, a realização de nossos sonhos, de nossas fantasias, o preenchimento dos "espaços" vazios de nossa intelectualidade, a nossa libertação de tabus ou mitos sem sentido.
Virtual, o momento único e REAL de dizermos não à hipocrisia, ao falso pudor, ao puritanismo gratuito, descabido de qualquer sentido moral.
Hoje, mais que nunca, está na moda o virtual, falemos nós de Hot-Line, de Chat's especiais, de conversas desejosas de pecado, logo reprimidas pela moral estabelecida.
Mas estamos no virtual, e a adesão é cada vez mais intensa, talvez porque no virtual nós sejamos mais Nós, REALMENTE, nós, e o sentimento de aventura nos dá a adrenalina tonificante ao coração.
A psicanálise está lá, os nossos sonhos também, e a certeza de que fazemos uma cura do nosso EGO, sem que corramos o risco de sermos confrontados com discursos falsos de moralidade duvidosa.
Nos damos, nos curtimos, nos inventamos, nos fazemos daquilo que realmente por vezes não somos, embora o desejássemos. Virtual?!!!. Que coisa será essa? Existe o virtual no amor?
Seguramente que sim, eu sei que sim senhor. Sem o virtual de um ecran de computador como poderíamos nós amar? Sim amar!!!!....
Hoje amar tem um sentido mais abrangente, talvez não só físico. O virtual nos obriga a clamar pelas nossas sensibilidades mais profundas, e facilmente somos apanhados em contra-mão quando mentimos.
Se formos sinceros, transparentes, acima de tudo honestos, eu diria que o virtual é uma boa "entrada" para um amor seguro, tranquilo e muito dedicado.
No virtual, é verdade que o "feitiço" da paixão está presente enquanto durar a corrente eléctrica, porque mal ela se desliga esse amor faz ..... click!!!! foi-se.!!! Será que se foi mesmo????
Mas amamos, e temos vontade de voltar, procurar, descobrir o outro que com nós transe. A curiosidade, aguça o engenho, e faz de nós autênticos arquitectos da palavra, da relação, do saber, porque amar no virtual é bom, porque nos ilude, nos faz o pensamento voar, na direcção do colo imaginado, do prazer anunciado.
Nos expomos, nos transcendemos, não vá a palavra traiçoeira que sai sem que nós queiramos deixar-nos num estado lastimoso. Não esqueçamos que no virtual, podemos namorar de chinelos de quarto, em cuecas, em tronco nu, em pose menos clássica, mas amamos, e nem por isso precisamos de apanhar o autocarro, conduzir, ou caminhar a pé, não, não é preciso, o amor está logo ali, na tela, bem imaginado, bem trabalhado.
Posso dizer, com segurança absoluta, que comunicar no virtual, nos obriga sempre a saudar quem está, no inicio da conversa, coisa que ao vivo pode não acontecer, e faz-se a cultura do trato.
Amar pela tela de um computador, pode ser estranho, mas não é menos emocionante que amar no real, já que seus estímulos são diferentes, pois não existe a facilidade do toque, e assim temos que substituir o sentido do tacto, pelo sentimento puro, volátil do pensamento, e pela nossa capacidade de converter estímulos verbais/visuais em estímulos afectivos, sensíveis, e calorosos á medida do tamanho do nosso coração e da nossa capacidade de amar e ser amado.
No virtual é bom, na vida real também, e hoje mais que nunca, podemos afirmar que todos, quase todos vamos tendo Histórias incríveis de amores que vão e vêem ao ritmo a que ligamos ou desligamos nossos computadores.
A felicidade não se compra, conquista-se!!!!!
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