Onde uma cai, outra pende, outra murcha…
É feita de amarguras, tristezas, venturas, Ilusões
Sensações, desamores que nas tristezas vão,
Que na alma provocam queimaduras e lesões,
Desmaios do bom carácter-amor em nossos corações.
E nós tolos, que corremos atrás de sonhos fugídios
Quais borboletas de voos erráticos, teimamos,
Num gesto não pensado, mesmo que louco pareça
Com nossos sentimentos á flor da pele escorregadia
Em aconchego de um olhar, mesmo que furtivo,
Cheiramos as flores de vermelho vestido, veludo sentido.
E assim, viver a frescura do teu sorriso, da tua alegria,
Num amor profundo vivo, que quero ter, não perder
Mesmo que pela distancia e ausência do teu mundo,
Eu viva, moribundo, tolhido pelo sofrer de te não ter.
Me omites, afastas, numa tortura não querida,
Mais parecendo o fumo ido que respiraste
De modo, que até a fala atormenta a consciência tida,
Que nos rouba a alegria de sentir o que o coração deseja….amor!.
Querendo sufocar o que é teu, mesmo que divino seja.
Como que se o sol não existisse, e a Lua não aparecesse
Como querendo cortar o ar que respiras, eu posso não existir…
Um coração bom, um sentimento, que não quero seja só teu
Porque reescreves o passado, porque amas a ausência
Enjeitas, com gestos bons, palavras doces, posso eu sentir,
O sentimento que queremos tornar mártir, a sorrir!!!.
E quando amanhecer, o sol ficar alto,
Eu sentir que te não acordo, não faço falta
Não tocar, sentir o teu hábito sonolento
Me magoas com afecto, e indiferença tonta,
Num turbilhão, que o coração sufoca lento,
Que mesmo eu não queira, me faz louco
Pela ausência teimosa cúmplice, sobrevivo
Numa luta tenaz, não sei se venço…, mas tento!!!!
(Prosa Orig. António Ferreira)
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