Estranho, pode parecer, mas não posso deixar de fazer esta analogia.
Tudo na nossa vida é relativo, tudo não passa de uma coisa, parecida com outras coisas, quer no seu valor absoluto, quer no seu valor relativo....!!!
Tudo é relativo, até mesmo os afectos!.
A nossa vida, a nossa vivência, as nossas relações de amizade e afectos, ao longo de nossos anos que por aqui andamos têm uma similitude com um lauto jantar com velas e tudo, que nos oferecemos a nós próprios.
Quando queremos festejar, comemorar algo que é para nós um momento de alegria, fazemo-lo normalmente à volta de uma mesa, comendo, bebendo, usufruindo dos prazeres do gosto, do convívio com quem nós eventualmente convidamos para essa celebração.
Quer façamos festas de aniversário, anos de casado, celebremos nascimento de filhos, ou outros que nos sejam queridos, ou ate por o nosso clube do coração ter ganho o campeonato, nós celebramos à volta da mesa, comendo, bebendo!!!.
É um momento de alegria, e queremos celebrar na companhia de nossos amigos, de quem gostamos, sem duvida!.
Nunca convidaríamos para a nossa mesa alguém com a qual não estejamos em sintonia, ou mesmo empatia!.
Bons negócios, se fazem à volta de uma mesa, sendo que até mesmo os nossos actos de amor, têm sempre uma mesa, um repasto condizente, ou não teríamos os "dias dos namorados"!.
Um pormenor é comum a todos estes momentos, ou seja, as jantaradas comemorativas têm um tempo de duração, tudo dependendo do numero de especialidades servidas.
Mas um ritual se impõe sempre, independente da extensão do repasto, ou da cerimónia deste, a dita sobremesa, o digestivo, o café..... que sempre deve sêr de soberbo requinte, para assim fechar com chave de ouro tamanha comemoração.
Normalmente, a nossa memória regista por muito mais tempo, como uma coisa boa, a qualidade da sobremesa, do café, do digestivo, que sabemos sêr um bom ponto final numa qualquer refeição!. Não é raro referirmo-nos com carinho a um banquete, onde as sobremesas execederam as expectativas, porque são elas que enchem o nosso imaginário gustativo.
Poderia afirmar que se, algum destes pormenores não fôr de qualidade, pode pôr em perigo toda uma refeição, já que é o fecho, é o culminar de uma festa, é o aprimorar do sabor, é selar com "chave d'ouro" uma festa.
Se algo falha, ficamos com a sensação de que a refeição é um fiasco, só porque no final a qualidade não esteve presente, afinal é de gluseima que estamos a falar, o sabor a doce, o "cair" bem de uma refeição, o carinho que as coisas doces nos provocam!.
Num jantar festivo, podemos afirmar que gastamos talvez 80% do tempo a consumir as especialidades, como as entradas, o prato de carne, o prato de peixe, a sopa, a bebida, e que ficarão 20% do tempo restante para as sobremesas e digestivos.
Concluo que consumimos muito mais tempo no deleite de pratos ditos convencionais, e uma pequena parte desse tempo de prazer gustativo, quiçá guloseima, que sempre apreciamos muito.
Então, e agora? sim e depois? Que tem a ver tudo isso com a vida, sexualidade e o sexo?
Eu poderei agora explicitar o meu pensamento, a minha analogia.~
A vida, é comparável a um lauto jantar, que usufruímos desde que nascemos, um banquete que nos oferecemos a nós mesmos.
Quando nascemos, nos rodeamos de amigos, amores e outros para que nossa vida seja repleta de emoção. Nossas amizades, nossas companhias, nossas alegrias, desgostos, são partilhadas por um circulo de pessoas que fazemos questão estejam connosco à mesa de nossas vidas.
Nossas vidas são comparáveis às três partes do tal jantar. Três partes extensas, mas necessárias para que sejamos felizes, bem dispostos, e amigáveis.
As nossas fraquezas, tristezas, magoas, amores, as nossas relações sociais, ocupam sempre três ou mais partes do nosso "banquete" da vida, para o qual nós convidamos nossos melhores amigos, e amizades.
Tal como para um jantar, convidamos quem nos é querido, na nossa vida, convidamos para o nosso circulo as pessoas com quem nos sentimos bem, temos empatia, ou partilham pontos de vista comuns aos nossos. Nunca estaríamos perto de pessoas que possam de uma forma ou de outra perturbar nossas vidas, não fossem elas, prejudicar o nosso "jantar" comemorativo da vida!.
Então concluo:
A vida é um "banquete" permanente, para o qual só convidamos quem amamos!!!.
Então torno a concluir:
Que nosso circulo de amigos, são os nossos convidados para o festim da nossa vida, que é estarmos vivos, partilhar as alegrias e tristezas das nossas aventuras e desventuras.
E a terceira parte, onde a consumimos?
Bom, eu comparo a "terceira" parte de nossas vidas, ao tempo estimado de uma sobremesa, digestivo num banquete festivo, aquela "coisa" que ocupa o nosso carinho, e diria que falo de sexo.
Sim, o sexo está para as nossas vidas, como as sobremesas num banquete.
O tempo de execução, o tempo absorvido num banquete nas sobremesas, posso compara-lo às nossas vidas no sexo.
Não é central, não é determinante, mas sim complementar.
Toda a nossa vida é um festim, e o sexo são as sobremesas que a vida nos oferece, quer na durabilidade, importância e prazer!.
O sexo não é abjecto, não é sujo, é antes o clímax de um amor que queremos, procuramos, e tanta dificuldade temos em segurar.
Resumo, que é importante que os nossos convidados sejam de eleição, sejam merecedores de estarem à nossa "mesa" da vida, partilhem de nossas iguarias, sensações, e com isso gastamos quase todo o tempo do mundo. Mas nunca esqueçamos a ...... sobremesa, o digestivo, que apesar de lhe darmos menos tempo, não é menos importante, para que a nossa "refeição" seja um êxito, seja bem sucedida, seja uma festa, e no final todos possam dizer:
"obrigado, gostei de estar no teu banquete, tudo estava muito bom!!!"
Sexualidade é uma coisa, sexo é outra, e assim posso afirmar que a nossa vida, em todas as suas formas mais simples, é cheia de sexualidade, ou seja, o nosso bem estar, passa pela empatia que possamos provocar nos outros. A nossa auto-estima apoia-se muito na nossa sexualidade, ou seja, no dom da palavra, no dom da inteligência, clarividência, na sensatez, equilíbrio emocional, e segurança de princípios, e carácter.
Todos os nossos gestos, palavras, posturas, são a nossa sexualidade, a nossa vivência, a "arma" com que seduzimos o outro, a maneira como o impressionamos, que é muito importante, é o banquete da vida.
Eu chamo a isso o nosso charme!.
É bom sermos charmosos, quem não gosta de o ser? É bom, faz-nos bem à alma, ao nosso amor próprio. Falamos de sexualidade!.
Todos os nossos gestos, palavras, posturas, são a nossa sexualidade, a nossa vivência, a "arma" com que seduzimos o outro, a maneira como o impressionamos, que é muito importante, é o banquete da vida.
Agora, não deixemos que a sobremesa estrague nossa festa, não permitamos que a qualidade seja má, e nos possa dizer.....
"...estava tudo muito bom!!, mas..... acho que a sobremesa me caiu mal!."
O sexo, vale o que vale, e faz parte de nossas vidas, quer nós queiramos, quer não. É parte integrante de nosso corpo, e tem origem Divina. Aceitemo-lo.
Olhar para o lado, assobiar para o ar como quem passa despercebido, é como a avestruz.....mete a cabeça na areia, e a realidade está lá fora.
Sejam felizes!!!.
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