Crença. Parecido com têr fé, mas diferente, porque mais pagão.
Têr crença, será o mesmo que acreditar que amanhã vai chover, ou fazer sol, tudo dependendo do comportamento dos elementos. Crença, é terráqueo, é acreditar em algo, cujas premissas são conhecidas.
Assim, têr fé, é algo de bom, porque nos faz sêr diferentes dos "outros", porque nos faz sentir que nada será inútil, nada será perdido com a nossa morte, toda esta riqueza, toda esta energia pensante que habita em nós. Têr fé, faz com que nos sintamos numa caminhada para Deus, que toda a nossa vida tem sentido, e que essa fé a alimenta.
Gosto mais de ter fé, do que ter crença, por razoes óbvias, tal a disparidade de valores que comportam estas palavras.
A fé cultiva-se, a fé não se comprova, tem-se.
Fé em Deus, fé nos desígnios divinos, no julgamento final. Tenho fé!.
A fé se alimenta, se enriquece, com actos, com gestos, posturas, formas de estar na vida.
Com fé suportamos as agruras da vida, os desgostos, os momentos maus.
A fé, é o motor da nossa energia, é o "pormenor" que nos faz distinguir dos demais seres que por aí pululam.
Uma vida sem fé, será como viver num deserto de sentimentos, de objectivos.
Pela fé caminhamos sobre brasas, sobre vidros, sobre espinhos. Pela fé nos fechamos ao mundo, para cultivar em local próprio o fortalecimento da nossa espiritualidade.
Para difundir a fé, teremos que sêr conscientes, cordatos, exemplares, sêr uma imagem de bem estar.
Ao contrário da fé, a crença é quase como uma equação matemática, ou melhor, se isto, ou aquilo estiver aqui ou ali, pode acontecer algo ou não, é crença.
No mundo, a fé anda arredia dos homens. Será pregando a fé pelas ruas que ela se expande, quer pelo nosso exemplo, quer pela palavra, que pelo facto de que evangelizar se difunde a fé.
Podemos caminhar dias em direcção ao sagrado, caminhando alegremente, porque fé nos move; podemos fazer jejum para purificar nossa alma, porque a fé nos ajuda.
A fé é o segredo, é a chave da nossa espiritualidade.
Não adianta fechamo-nos ao mundo, rezando intensivamente, como se tudo se resolvesse como por milagre. A oração é forma de "falar" com Deus, mas só isso.
Se Cristo, se tivesse fechado em algum sitio, rezando, talvez hoje não o conhecêssemos. Cristo, disse: "Ide, crescei e multiplicai-vos....", e assim se difundiu a sua mensagem.
Na clausura, qual forma fundamentalista de estar na fé, se reza, qual fabrica de de oração em serie.
Respeitando a clausura, não posso deixar de a criticar, porquanto, se convertem essas pessoas em seres inatingiveis, distantes, eloquentes quais iluminados no caminho de Deus!.
A clausura, para mim, será mais uma forma de auto-martírio, inútil, porque não demonstrativo da força de Deus.
A fé e a religiosidade se propagam, pelo exemplo, pela renuncia ao facilitismo, pelo exemplo de nossa vida, pela nossa misericórdia para com os que sofrem, mas nunca se fechando entre quatro paredes, onde nada se observa, nada se ouve, a não ser um silêncio sepulcral.
Na vida entre os comuns, fazendo da nossa forma de estar um exemplo, socorrendo os enfermos, confortando os infelizes, damos exemplo de cristandade, de fé, de evangelização.
Cristo evangelizou curando, pregando, nas ruas. Cristo evangelizou, denunciando os impuros, os egoístas, os idolatras, mas nunca o fez fechado, mas sim meio de seus concidadãos, de seus conterrâneos.
Prestar serviço a Deus, será fortalecer a nossa fé, dar exemplo de caridade, falar de Deus, caminhando no meio dos demais, nunca fechados em qualquer sitio. Isto tudo junto é evangelizar.
A sensibilidade, determina a nossa fé, e esta demonstra a nossa grandeza.
Não quero fazer aqui a critica fácil, mas dar a mensagem daquilo que para mim é inútil, para não dizer egoísta... fechar-se, rezar em serie, esquecendo os que precisam de ajuda. Fechados num qualquer convento, não se dá de beber a quem tem sede... conforme preceito bíblico. Tornam-se essas pessoas eclécticas da fé, "guardiões" do bom rezar, enquanto em seu redor a sede de Deus campeia.
A palavra se difunde caminhando por entre a multidão, a evangelização acontece pela nossa capacidade de semear a esperança em Deus, através da mensagem de Cristo na terra.
Fé para sentir Deus.
Evangelizar para Deus estar presente em nossas vidas.
Clausura, será como a cegonha.... de cabeça na areia, nem repara na sede de Deus em seu redor!!!.
Com fé, encontramos razão para nossas vidas, e nada será inútil.
Com fé, a morte não nos assusta, porque se converte na "porta" que todos temos que passar em direcção à paz, à tranquilidade, à felicidade em Deus, onde a dor não existe, e o leite e o mel correm.
A fé me alimenta, me conduz, e tudo farei para que cresça, porque nunca será demais!.
Obrigado meu Deus!
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A fé sem obras está morta.
(S. Tiago)
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