Sabemos que nos persegue, e sempre nos queixamos que não temos tempo, mas ele está à nossa volta. Temos o cuidado, até para não perder o tempo, de nos equiparmos com uns aparelhositos, a que chamamos "relógios", e pronto vai daí os colocamos em nosso pulso, não vá a gente perder o tempo.
Mas o tempo existe?.
Não será uma maquinação capitalista, que tende a tomar conta das nossas vidas, escravizando-nos até ao limite de sermos capazes de dizer.... "Meu Deus, já não tenho Tempo"?.
Mentira, porque o tempo não é para se têr, pois não tem peso, não tem volume, não tem forma. Porque dizemos "já não tenho tempo"?, deformações culturais?, absorção de conceitos pré-concebidos?.
O nosso ADN cultural é poderoso, conservador, e tem muita dificuldade em reagir ao racíocinio. O tempo, é um espaço, onde mentalmente nos situamos, e por conseguinte o conceito de tempo varia de acordo com a agilidade mental de cada um... para uns o tempo é uma sucessão de segundos, minutos, horas, semanas, meses.... sei lá, coisa aborrecida, porque se estivermos no trabalho diremos, o tempo não passa, se estamos de férias passa depressa o tempo. Pois.!!
Para outros o tempo, é o momento de cada coisa que temos para viver, daquelas coisas que podem fazer os momentos bons do nosso tempo, não tendo a condição de medida, consumo capitalista de que "tempo é dinheiro".
Pobres mendigos, porque o que mais têm é tempo, e não conseguem deposita-lo, continuando com todo o tipo de carências. Diria, que tudo na vida é feita de momentos, consecutivos, sem tamanho, ou outra forma de medida, e o somatório desses momentos, será sempre o tempo das nossas vidas, enquanto por aqui andamos, mais felizes, menos felizes, sendo que a vida é feita de momentos, e não de tempos, e serão esses momentos que nos farão sentir que aproveitando bem cada momento na nossa vida, nós possamos dizer: " que se lixe o tempo! "
António Ferreira
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