As gotículas da noite fria,
Quais pérolas do céu caídas...,
Brilhavam,
E eu, ali olhando....pensava....
Onde está o amor meu?
Talvez se confunda com a névoa,
Que adorna o corpo seu.
Sussurrava como brisa da manhã...
teu amor que tu imaginas
ainda dorme, e mais...
sonha num orgasmo incontido,
ainda pelos braços de Morfeu!
E, nesse momento,
Meu corpo quente se perfilou,
Imaginando a luta querida,
Pelo toque em mim...
se tornou duro, esquentou.
E, tolo eu sorri....desdenhando,
A sorte inaudita da distancia,
Que teimosa me faz acordar,
Por entre lamentos e suspiros,
Estremunhado no meu amar.
...como que desmaiado,
Nele tocando, lhe disse em surdina....
...não esmoreças,
não arrefeças,
perto se fará o dia,
em que pelas colinas adentro,
pelas serras abaixo do teu ser
te afogarás no suor,
ao meio de desejos carnais,
banhado por mil beijos tais
...e aí darás os teus ais.....
e então poderemos dizer...
...amar é bom, nunca será tarde demais,
desde que pelo coração contemple eu,
o azulão de olhos teus, falarem para mim
do amor que brota de ti.... paixão doce,
no fim sempre te querendo mais!
(prosa Orig Ant.Ferreira)
1 comentário:
Tritão,
O sol surgi ao horizonte
todos os dias...
Gotas de sereno brilham
toda manhã...
e eu me pergunto
onde tu está!
A névoa que me adorna
é a doce lembrança
do hálito teu, em minha nuca
meu sono e meu coração
sussurra toda manhã
teu nome a brisa...
Mas eu me aflijo,
penso, imagino
e não durmo
porque meu corpo arde
ainda com a lembrança
de teus braços...
óhhh... Tritão!
quem dera neste momento
teu corpo se perfilasse
por mim...
e tu sonhasse com
os toques meus...
que rijo e pulsante
foste tu pelos meus desejos!
Tritão...
mas tu sonhas
como sempre com a alvura
e não com o ébano...
teus olhos
sonham com o azul
e não com o jade
quisera eu
meu tritão
que tu se desmoressa
que se perfile...
que se contorsa
que se endureça...
nos braços meus...
que adentre meus vales úmidos
e quentes e se aninhe em minhas colinas
e que seus desejos carnais
venham de encontro
aos meus estremessos
e que me deixes
conquistar-te em apertos secretos
em ondas de tremor
e que entre as ondas eu possa
deixar sair de minha garganta
meu grito de sereia
"TRITÂO...."
e que o mar escute
e as reverberem
este grito rouco e profundo
e depois assim
tu despeje em mim
teu gozo e em meus braços
descanse sem pensar no amanhã...
Sereia
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