De teu corpo vindo,
Em tons de branco…
…Brancura,
Na sua alva cor,
Matizado pelas luzes raiadas,
Vindas da janela,
Pejada de flores,
Que do exterior espreitam
Os desejos pelo calor
Que cruzam teu corpo,
E nele desenham o amor,
Que quero doce e bom,
Nas voltas do teu ser feito,
Em abraços fatais
Quais calores carnais,
Que descubro, provo,
Degusto mesmo,
Sem mexer…mas,
Sempre querendo mais!
Oh! Visão, que me turbas a alma,
Vida minha que extravasa
Não deixes que eu parta,
Que eu morra,
Sem que a vida me seja farta.
Deixa que me embriague,
Na seiva húmida de seu corpo
Na volúpia da carne,
Molhada pelo amor,
Que me é dado ter,
Ver, observar….ser rei,
E só então depois … morrer!
Oh! Visão de amor…
Como eu queria,
Escorregar por ti abaixo
Para logo subir,
Pendurar-me em teu cacho
Sentir minha a tua pele,
Gemer baixo,
Morder teus lábios
Olhar-te nos olhos,
Feitos pedras preciosas
Talvez safiras azuis…
Deixar-me cair,
Rolar no chão,
Querer e ter-te,
Sorrir e ver tu sorrir,
E assim, fazer de mim,
O que eu quero,
Anseio e… desejo,
Pelo grito que solto,
De meu peito arranhado,
Ofendido pelo teu agarrar
De tuas mãos ao deslizar
Feito desespero,
Como quem suplica,
E deseja que o amor
Agora feito….
….não vá terminar!
(Prosa Original de Antonio Ferreira)
1 comentário:
Tritão...
imagem e visão minha...
ohhh!!! Tritão!!!
sempre sonhas com a brancura
matizas minha alma de dor...
olho minha janela d'agua
reflicto nela minhas lágrimas
desejo-te Tritão!!!!
o calor de teu corpo
o calor que dele deve emanar...
quero tuas ondas de amor
quero teus abraços...
ahhh... Tritão
e como quero teus desejos
carnais ou brutais
quero provar-te, usar-te
degustar-te como
uma iguaria exótica
Quero-te!
Mas tu sempre sonhas com a brancura
... sou Ébano polido e brilhante
não é minha visão que turba tua alma nem teus olhares...
Embriago-me em tuas palavras
crias em mim desejos luxuriantes
Vem Tritão...
farta-me de ti...
morra em mim todas as manhãs
embriague-se me minha seiva
que se derrama por ti
Aperta minha carne,
molha-me de amor, de suor...
Observa-me
abrir-me pra ti, contorcer-me por ti, tocar-me pra ti...
vem Tritão
ser Rei no meu reino,
mas não para morrer
mas para viver em desejos
Vem Tritão
veja-me em minhas loucuras
escorrega-te em mim
pelas reentrancias dos desejos
suba, desça...
Morda me os lábios,
molhe-os com teus sabores
Não darei safiras...
mas pedras de Ambar!
Queira-me Tritão
arranha-me, toca-me...
deixa-me desfrutar-te
role comigo nas areias
escaldantes do mar...
Vem Tritão para o meu reino,
Faça teu amor em mim
pois comigo não terás fim...
Tritão...
Goza em mim teus licores
deixa-me provar de ti!
durma em meus braços
para que depois, possa eu
repetir em ti todos os meus
gozos...
Sereia
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