Repletos de aromas,
Floridos amados…
Amores perdidos,
E…, achados nas sombras
Dos pessegueiros carregados.
Queria ter o poder de voar
Andar por sobre as nuvens
Sentir o ar… o pólen…
o bater de asas do meu coração,
Carregar o pêssego,
ir ate ti com a fruta na mão…
Gritar bem alto,
Amo-te…, paixão.
O cheiro doce,
Das peles rosadas,
Talvez avermelhadas,
Pelo maduro da ocasião,
Inspiram em mim,
Me toldam a razão,
Enchem-me o peito,
Cerram minha visão!
Entrar de rompante
Através de teu coração
Deixar no teu regaço,
O que levo na mão….
A fruta pois então,
Ou não seja o pêssego,
O teu desejo de eleição.
Há se eu pudesse voar,
Pelos pomares afora,
Colhendo os regalos,
De veludos carregados
Ao toque suave,
Fazer teu corpo vibrar.
Mas não posso voar,
Só sonhar, e…,
Então, eu irei…
Voarei pela ilusão,
Do teu amor na minha mão,
Deixar o abraço cair
No teu peito coração,
O beijo soltar….
O grito que há em ti,
Pelo teu jeito de amar,
Desfalecer no teu regaço,
No calor que emanas,
Fechar os olhos, e…,
Então comeres a fruta,
Que levei ate ti!
Não quero abrir meus olhos,
Tenho medo de acordar
Sentir meus sonhos
Esvaziarem-se do desejo
Por ti criado, e,
Tão longe achado!
Há se teus olhos vissem,
Pelo seu azul profundo,
O que mora em meu coração
Verias que em mim
Mora o pomar da tua emoção
Sempre carregado pela fruta
Da tua devoção amor!
(prosa Original de Antonio Ferreira)
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