Naquela praia alentejana,
Em costas ditas vicentinas,
Nas areias a perder de vista
Nas dunas aconchegados,
Dos ventos protegidos
O sol queimava, escaldava,
Minhas costas arranhadas.
Eu tentava, forçava
O amor escondido,
Ao fundo o mar rugia,
Suas ondas azuis zurziam,
Num tom abafado-quente,
Meus gemidos caiam…
Não perturbeis meus sonhos
Deixai minha mente vaguear,
Eu sinto, eu sei…
Que Pelos beijos incontidos,
Pelo meu jeito em ti entrar,
Eu grito, eu venço
A tua força… oh! Mar,
Ou não fosse a minha alma
Maior que tu…. no amar!!!.
O som do vento
Uivava sobre nós,
No aconchego abraçados,
Aquelas águas verde escuro
Areal imenso, espraiava
O amor solto ao vento,
No calor de nossos corpos,
Queríamos mais,
E tu deixavas,
Fazia fim de tarde.
Era Outono, o sol se punha,
No seu amarelo-ovo,
Não importava,
Se o amor brotava
Pelos areais dourados,
Corpos salpicados,
Pelas areias movediças
Escorridas nós abaixo...
... Como a noite seria amiga.
Na respiração apressada
Queria teus os gemidos meus,
À mistura com teus ais,
Sensações na pele,
Abraços no coração
Sufocados no beijo
Das mãos atrevidas
Que por ti viajam…
Como que vindo do nada,
Os corpos pediam
Os suores molhavam,
Os amores carnais…
Sempre tão bom,
Feliz fomos…..
Porque te vais?
.
(prosa Original Antonio Ferreira)
1 comentário:
As sensações do amor tão vívidas na pele, no sentimento, recordações felizes que nos fazem sonhar outra vez...
Nada será esquecido...
E tudo o que se vai, volta!
Suas palavras são doces, meigas, saudosas...
uma saudade boa que nos trás um enlevo de felicidade.
Beijos!
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