D’Uma vida de paixão,
Como que abandonados
Às dores esquecidas,
Talvez despropositadas,
Nas feridas abertas do coração
Num corpo retalhado…
Como que ensanguentado!!!.
Pelo amor adormecido,
Pela saudade que mata.
Oh! Tantas as dores
Céus, e eu tão martirizado.
Vibrei intensamente,
Chorei e tantos…
Quis ter-te, viver em ti
Meu coração pedia
Minha paixão exigia…
O fogo me consumia
O pensamento ardia!!!
Em paixão vivia, quase morria.
E tu, tão longe de mim.
Corri, subi, desci ruas e quelhas
O coração apertado me impelia
O sufoco me angustiava
Todo eu tremia,
Pelo momento eu vivia,
Oh!!!.... tamanhas as montanhas,
Que eu em ti via, e eu.... sorria!
O tempo que de meu aliado
A inimigo passou, pelas vertigens
Sofridas, infligidas, de aflição malvada,
Se fez bom, e eu voava, por ele adentro
Guloso de te alcançar, amar, gritar...
Era a ponte, o caminho, o jeito
por onde eu mergulhava em ti amada,
Sempre que tu querias, merecida e suada.
Por vezes na contra-mão da vida
Tentando ganhar, vencer, a resistência nata
D’ Esta paixão gostosa que me sufocava
O tempo urgia!.... quase morria.
Oh paixão…. Tortura na carne viva.
Eu quis, tu não,
Oh! Deus … pobre o meu coração!!
Quase me mata!.
Pelos choros da minha vida,
Pelas suplicas em ti proferidas
Bela, que não adormecida, ias
Nas voltas de vida chorosa,
Pelas solidões da tua vida parca,
Eu, vivi, senti, sofri
este amor, esta paixão…
toda, toda ela em carne viva,
ou não fosse eu amor….. a tua vida!!! .
(prosa original de antonio ferreira)
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