Como num conto apadrinhado por fadas boas
Onde a dor não existia e o mel corria caudaloso
Na leveza de nossos passos, que nos aproximava
Eu te abraçava, chorava de amor, pois o sentia!.
Nas curvas e contra-curvas de uma correria
Pelo teu corpo alvo, grande formosura eu via,
Como que procurando impedir o tempo passar
Sonhando ser o senhor do universo,
Pois paixão vivia, qual louco de mente doentia,
Amei, vivendo, voando num jardim paradisíaco,
Este amor, agora adormecido….!!!.
Fui alado por sobre um sentimento nobre forte
Num desejo continuo, desejado imortal…,
No toque suave, riso espontâneo me perdi,
Em vontades feitas sobrenatural, cumpri!
E quando a noite surgia, eu fingia que dormia,
Venturosa união, felicidade vivida, sofrida,
Feita de arrufos, amuos envergonhados,
Em jantares lindos criei, o amor sonhado
Por entre olhares, e tactos misturados,
Este amor, agora adormecido…!!!.
Num esforço titânico, de te rever mesmo sem te ter,
Guardado em meu coração, a imagem de amor bom,
Na minha mente, este sentimento de quem tu és,
Eu quero ter em mim o amor que foi,
E não partiu, o calor do afago teu, olhar perdido.
Eu quero, eu tenho, guardo, a seiva, o néctar
Dum sentimento sagrado que tive, tenho e não desisto
Num amor que quero, e está adormecido!!!.
Num cuidado, numa pressa, eu te clamo, grito….sem ti não existo!!.
Como de algo precioso, grande kilate, eu quero e conservo
O que é meu, e teu, mas não queres por desespero crítico.
Serei o cofre, o depositário,
O guardião da jóia que une nossos corações,
De batida em batida, no meio à taquicardia,
Em angustia sentida, eu deixarei por momentos,
Essa força-amor sair, sem correr o perigo de o perder
Num vendaval de amores perdidos,
Este amor, agora adormecido…!!!.
Para sentir o teu abraço, o sorriso, o teu meu querida,
Passearei pelos campos floridos, de papoilas talvez,
Rosas vermelhas porque não, em movimentos lentos
Como quem semeia amor, loucura vivida,
Deixarei correr ao vento, o querer, os ícones,
Os gostos, os gestos, a mímica que mesmo surda,
Que encheu nossos corações de sons e palpites
Das rosas cheirosas, em jardins floridos,
Que contigo vivi, passeei e senti
Neste amor, nesta dor de sentir…
Um amor agora adormecido.
De um amor vergado, que não vencido
Desesperado as vezes, magoado noutras,
Como querendo resistir,
Ao preconceito, maledicência da populaça,
D’um sentimento tido, vertido em nossas veias num gemido,
Que queremos manter mesmo que adormecido,
Pois morto não é!!!.
Como semente da paixão que pensamos, julgamos morta,
Mas talvez não para no momento,
Em que o coração peça, a mente aceite,
Que este amor de paixão feita,
Adormecido até então em nossos corações,
Acorde da letargia imposta, não desejada,
Nos banhe com a força da pureza do amor,
Vivido, guardado, adormecido… reinventado!.
Meu amor adormecido, não morto está,
Pois num segundo ele voltará,
Já que quem ama, sofre, e vencerá….
Ou não esteja agora,
Este amor adormecido…!!!.
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