Do que quero e acredito,
Nas dores minhas
Martirizado e vivo,
sentido, chorado, talvez maldito...!!!
num movimento tolo, de saudade,
vivo tormento, sofrimento tanto,
mais parecendo, morto-vivo.
Eu sou o grito!!!
Num gesto louco,
pensando abstracto,
como me sinto,
tonto, embriagado,
pelo teu regaço!.
A saudade mata,
um punhado de raiva
incontida, pelo amor ido,
que num choro,
a angustia abafa!.
Nesta sala vazia, onde sorri, vivia
o amor partia,
sem querer saber o que fazia!.
Eu sou o grito…!!!
Num jeito estrito,
talvez maldito!!!,
o desejo mata, a fome sacia,
num afago no leito,
num aconchego bravia,
beijar-te na tua
rebeldia!.
Oh! Segurança insana,
tanta vez propalada,
que quando comigo estas,
me fazes sentir rei
num trono-cama,
num abraço fugaz, repentina dama
que escapas à lei.
Porque de manso eu sou,
Sofrido, amante,
carpindo dores de ti sentido,
Na tua ausência
Eu vivo a mágoa de sentir
Que mesmo gritando,
Nunca serei ouvido!.
Eu sou o grito…..