Quando a lua nascer e o sol cair
Os sons da madrugada se puderem ouvir
Eu não vou desejar dormir
Somente querer gritar
Até meus pulmões se abrirem
Falar do amor que brota em mim
Daquele que tenho para dar
Mesmo que pelas dores,
Tenha eu que chorar...
Ai dores de amor...
Não mates tu, o ardor meu
Estas tramas do coração
Que me encharca de emoção,
Corroem as entranhas minhas,
Roubam toda a minha ilusão,
Tentam a morte do coração.
Ai sonhos, que não durmo mais,
Sempre me fazeis chorar,
Parecendo não acabar, talvez fatais,
Ver e sentir-me em braços tais,
Beijado, amado e mais...
Embrulhado na confusão de lençóis,
Ganhando, vencendo
Doces batalhas, arfando
O amor em corpos nus,
Suados, molhados,
Escorregadios, feitos heróis.
Mas sempre desejando mais.
O sentimento solidão
Ganhar, ganhar...
o calor, ardor de teu coração
Por vezes azul, feito azulão.
Quero sentir tua mão,
Porque não, teu coração,
Voando sobre meu arpão,
Ficar vermelho, vermelhão...
Carregado de vontade tesão,
Deixa que eu te veja,
Amor de perdição,
Faz da tua paixão,
A força de meu coração,
Ou não sejas tu,
O azul que preenche minha ilusão!!!
(Prosa Original Antonio Ferreira)