Coisa fofa de pele aveludada,
Mal aberto, desconfiado no olhar,
Procuras saber de que cor é o mundo…
Queres adivinhar onde tens que mamar….!!!
Não vás tu Rafael, magoar-te.
Fiz caretas, fiz barulhinhos
De avó-totó babado,
A palhaço falhado,
Por ti tudo, meu netinho!!!
Mas tu Rafael….
Do alto de tua alcofa
Refilaste… , talvez me ignoraste,
As mãozinhas fechaste,
No berro repreensivo…
Os teus pulmões escutaste.
Claro, acabaste de sair….
Do ventre materno quentinho
E afinal colo, sabe bem.
A mel-amor, a quem o tem!!!
Eu encontro o meu alvorecer
Oh!!! Rafael…..
É tão bom renascer!!!
Sê bem-vindo, sorri…
Vem fazer-nos felizes,
Dá-nos as traquinices,
Faz-nos correr atrás de ti…
Como será bom cansar
a vontade de tanto te amar.
Só te peço Rafael,
Que as perguntas fáceis,
Para respostas difíceis,
Não demorem,
Que teus porquês venham
Rapidinho….!!!
Há… não esqueças,
A bola, o carrinho,
Que também eu
Quero voltar a ser menino!!!
Amo-te Rafael
Meu netinho.!
(prosa Original de Antonio Ferreira)