AMOR PELO TOQUE…

Deixa que me perca,

Ou talvez me encontre

Onde tu moras,

Nos teus vales e colinas

Onde guardas segredos teus,

Os sonhos, fantasias

De que és ninfa povoada,

Pelo deus Morfeu

Ou não sejas tu…

Amor meu!!!

E, quando pela manha

Depois de noite orvalhada

De tanto acariciada…

O sol beijar tua pele arranhada,

Cristalina…, sugada,

De gotas deslizantes

Feitas pérola rara,

Escorridas em teu corpo

Nos recontros e contornos,

Que o coração afoita,

E o corpo arregaça.

Não quebres  o arrepio

Deixa-o vaguear

Pelo meu corpo acima,

Ate gelar…

Acalentar o sonho

A alma aquecer,

Para sempre te amar!!!

Oh! Doce gosto feito olhar

Que minha boca carente degusta,

No meu imaginar ao te amar…

A mente ferve…, oscila pelo arfar,

Meu Deus…..

Não queria mais acordar!!!

E quando o sol quente

Secar o teu suar

Que pela noite dentro

Te fez gritar….

Muito desejar…

Aceita  o beijo longo,

Na tua pele molhada,

E, aí…..sendo amada,

Não resistas, não grites

Se te sentires visitada,

Porque ai serei eu

Que de mansinho,

Acabei de abrir a tua entrada

Feita “porta” estancada.

Quero desfalecer pela força dada

Viver pelo prazer tido, rugido…

Deixa eu viver…. Não me acordes…

Deixa… deixa… que eu seja parte

Da tua noite molhada!!!

(prosa Original  de Antonio Ferreira)

Amor Molhado....!!!!!

Nas lezírias da minha vida,
Nas flores nela, por mim pisadas,
Carregadas de amor, feito orvalho…
Fora aquelas que recolhidas,
A ti dadas em braçadas…
Fez de mim menino,
Faz de mim homem,
Alado, possante, sonhado…
Já que o amor ficou húmido…
Diria, molhado!

Flores lindas, cheirosas,
Perfumes exóticos, os delas,
Nos pólen’s encontrados
Fecundos, afectivos, amados,
Por ti torneados….
Aos ventos dados,
Eu diria….,
Desejados,
Já que o amor está húmido,
Talvez molhado!!!

Oh!!!..., braços tolos,
Que vos queria longos,
Segurem as flores que recolho,
Não se percam alguma,
Ide, tocai meu amor,
Fazei a paixão vencer…
Enxugai-lhe as lágrimas,
Enche-a de esperança,
Ficai em seu regaço….
Pelo amor que está húmido.…
Diria, molhado!

Olho-te nos olhos,
Vejo neles o azul do céu
Mais parecendo o oceano
Querendo saltar , qual maré-viva
Me afogar em ondas, feitas espuma…
E eu…,
De flores nos braços,
Tocando pétalas coloridas
Feito colo de amor dado,
Florido, cheiroso, num abraço
Eu, jardineiro de afectos
Perdidos, encontrados
Pelos recantos amorosos,
Por onde te perdes e alimentas
As flores que nascem…
Sorriem, se oferecem
A quem é amado!

E do segredo faço votos,
Não quero ser invejado,
Já que quero ver, ter sempre…
O meu amor molhado!!!
.
(prosa Original de Antonio Ferreira)

Quando tu me olhas.....!!!!

Quando me olhas,
Mesmo que a noite vá alta,
E no escuro estejas,
Teu cansaço seja mais que muito
O sono te atraiçoe….
Eu diria, se faz dia,
O sol brilha, mesmo à meia-noite!!!

Quando me olhas,
Parece que vejo o mar,.
As ondas de azul vestido,
Nos seus laços de espuma branca,
Esses teus olhos…. ai !!!
Fazem em mim nascer,
O tsunami esperança!!!

Como brilham!!!,
Mais parecem diamantes,
Nos seres amantes…!!!

O tremer do corpo,
Certeza do teu querer,
Espelhado nos olhos teus,
Esses gritos, que faço meus,
Oh!!! Deus que sinto….???
Quando me olhas,
Sinto-me desfalecer.

Deixa o olhar teu
Se perder, encontrar,
No meu …!!!!
Nos sonhos da vida,
Desvendar o segredo
Que não quero meu…
Do amor sofrido, feito eu
Perdido, achado,
Encontrado…
Em braços teus sonhado
Feitos Morfeu!!!.
Quando tu me olhas…..!!!!
Ai amor meu!!!!
.

(Prosa Original Antonio Ferreira)

Chorona.....

Chorona, dos olhos d´água
Lágrimas escorreitas
Gordas de dor…
A face humedecida
Olho azul inchado,
No horizonte espreitas
O amor desejado.

Os lenços não chegam
As lágrimas não param
A face resigna….
Olhar encharcado,
Chorona, ser amado.

.
Fossem de cristal,
Talvez d'ouro derretido,
Viraste alquimista,
Pelo amor tão sofrido.
.

Olhos vidrados,
Molhados,

Espevitados
No meio da lágrima vertida,
És assim, és amada…
E tão chorona,

Minha querida!!!!

.
Segura tua lágrima,
Esse cristal, feito liquido,
Olha no céu, no fim do universo
Estará por lá teu amado querido?

.
Olhos d’agua,

Olhos d’amor,
Feitos d'alma, ardor,
Desejar estar onde estou,
Queres ir, nunca voltar,

Só para me ver,

Amar se der...., ter!!!

.
Amar, morrer sorrindo,
O amor, a paz, feita alegria

Apesar de fransina.... queres,

O amor como tocha ardendo,

Nunca as lágrimas molhadas

que de ti caem, apagam

esse amor sedento!!!!

.

Não desistes,

A lagrima cai,

No meio a uma mágoa,

Na saudade feita dor,

Como quem quer
Beber o amor,
Derramado por ti,
Dos olhos brotadas,

Essas lágrimas,
Da teimosia doce,
Deixa…,

Deixa…,

As lágrimas rolarem
A face refrescar
E voltares a sorrir,
Porque amada, sem dor
Serás amante, serás amor
Ou não sejas tu….. querida,

chorona!!!!!
.

(prosa Original Ant.Ferreira)

Amar, Falar....Palavras de Amor!!!

Teu jeito amar,
Gritar,
Ter,
Desejar,
Nunca chorar,
Olhar
O mar,
Atravessar,
Não querer,
ir e voltar,
por amor,
ter paixão,
sem deixar
de olhar
imensidão
do mar,
nos separa,
do corpo,
que,
pelos sonhos
dele vindos
sem temer
a dor….
Te amar!!!
Nunca querer
Deixar de
Acreditar…
Apesar
Do medo
De morrer
Antes de te ter!!!
Te amar,
calar
A distancia,
Mar,
Sobre ele
Voar,
Chorar
Não tocar
O que se quer amar!!!!

(prosa original Ant.ferreira)

Nasci para chorar….!!!

Nasci para chorar,
Talvez não compreendido
Nas horas do dia, amar…
E, quando o sol nasce,
Dizem “para todos…”
Como posso eu aquecer
Se sempre está noite
A acontecer?

Choro sem lágrimas
Olho em frente,
Embargado pelas lágrimas
Teimosas, escorrendo
Por mim adentro!!!
Sorrio na circunstância,
Na cortesia de educação boa,
No aperto mitral,
Na tristeza banhada
Faz rios…eu sinto!!!!

De salto em salto
De dano em dano
Sobre escolhos vou
Meus pés magoados
Sobre agressivas arestas
Caminham.
Não fossem as lágrimas,
Eu seria o cacto
Especado no deserto….
Nascido para chorar…
Será esse meu karma,
Que com gestos bons
Na humildade serena
Eu enxugo, na visão turba?.

Por cada lágrima
Seca ou molhada
Eu alimento a força
A vontade férrea
De amar, ser amado!!!!

Nasci para chorar,
Disso não me vou importar,
Deste que em cada gota
Eu saiba que há amor a brotar.
Seja….chorarei ate secar,
As dores que me fazem atormentar.

.

(prosa orig. antonio ferreira)