Homossexualidade, gostar do mesmo, tendência para ser uno nos gostos, o mesmo que ser ostracizado.
É um comportamento ancestral, dos primórdios da antiguidade.
Sociedades houve em que era fomentada como "cimento" unificador de hostes guerreiras.
Hoje será moda, ou será mais vista, fruto da maior exposição mediática, do debate público, ou o "orgulho
gay" está levando a "melhor" na aceitação pela sociedade, deste comportamento?.
Uns defendem, que é uma doença de foro genético, outros dizem que será um vicio, ou moda, forma
subtil de aceder ao circulo fechado de alguns poderes, ou fruto de uma sociedade
stressada, egoísta, que tudo
trucida, mesmo a nossa própria natureza, ao ponto de o que é natural deixa de o ser?.
Será uma forma de acesso rápido ao núcleo do grupo, para assim ser-se mais "normal" que os outros não "normais"?.
Estar "
IN", estar ao corrente das tendências, e de tal forma, que mais parece que os chamados
hetero, parecem aberrações genéticas, tal é a "onda de adesões" à causa do "orgulho
gay".
Não quero aqui discutir os fundamentos médicos, psicológicos, afectivos que esta questão possa trazer, pois seguramente não chegaremos facilmente a uma explicação capaz, nem é isso muito importante, já que qualquer que seja essa explicação, esse fenómeno existe.
Mas nesta questão, temos em minha opinião que considerar o visível, o evidente, desta forma de estar na vida, na forma como se aceita a sexualidade, e a outra questão, que é o subtil, o inconsciente, o não ser evidente, mas que de alguma forma, segundo minha perspectiva, não deixa de ser curioso, talvez objecto de reflexão.
Pelo visível, diremos que há homossexualidade, quando dois seres do mesmo sexo, vivem numa sexualidade una, no mesmo sentido. Aí diremos abertamente: Há homossexualidade!.
Agora, vejamos, quando duas pessoas do mesmo sexo, masculino ou feminino, sentem o prazer da companhia mútua, ou seja, partilham gostos comuns, no vestir, no comer, no passear, na diversão, na sua visão do mundo e suas questões, que dizer?
Falo de uma situação que todos nós na nossa vida já experimentamos, ou seja, gostar de estar na companhia de um parceiro do mesmo sexo, agendar saídas comuns, partilhar gostos comuns.
Se somos diferentes uns dos outros, porque será que permitimos ser acompanhados por largo tempo da mesma pessoa?
Numa amizade desta natureza, muito comum mesmo, e diria seguramente saudável, não deixa de ser curioso o prazer de partilhar gostos, opiniões, e formas de olhar muito únicos aos dois.
Geralmente, não há contradições, nem opinião oposta nestas amizades, e normalmente se afirmam por uma unidade comportamental notável, sem divergência, sem clivagens, sempre no mesmo sentido: a comunhão de um sentimento..... a amizade!!!.
Pela companhia, pelo prazer da companhia, cedemos num ou noutro ponto das nossas duvidas, das nossas opiniões, e diria, que por vezes nos damos conta de termos vontade de....., mas se o outro não estiver afim, logo desistimos, porque a amizade sempre se sobrepõe a bem da estabilidade emocional de uma "relação" que aos olhos dos comuns mortais é (e eu também penso assim), um acto de amizade pura. Mas será só isso?
Quando um parceiro do mesmo sexo, numa relação de amizade, unidos por pontos de vista comuns, quereres iguais, vontades não divergentes, sempre em sintonia, poderemos dizer que isso é "Dois bons amigos, inseparáveis", ou "boas amigas inseparáveis", ou que "andam sempre juntos por toda a parte".
Diríamos que uma boa amizade une aquelas duas almas, que amigos que eles são!.
Reparemos, que não estou a referir-me a actos
físicos, mas sim a afectos, a gostos, ao prazer da companhia, a gostar de estar com...., partilhar com...., e normalmente chamamos a isso AMIZADE, o que direi que é também o meu ponto de vista.
Mas ao reflectir este tema tão controverso, nos termos que o faço, só quero chamar à atenção para o facto da subtileza do gesto, do seu
significado, e do que ele representa numa relação de dois ou mais
indivíduos do mesmo sexo.
Não estará aqui, inconscientemente, subtilmente um acto de
homossexualidade, vinda do fundo dos fundos dos nossos afectos, das nossas carências, e que tal é a normalidade destas relações entre nós, são tão comuns, que as banalizamos, e não reflectimos no seu
significado?.
A nós, nos ensinaram, que
homossexualidade é a prática de actos sexuais entre duas pessoas do mesmo sexo em termos
físicos, mas recordemos que talvez na
génese deste comportamento físico tão "corrente" hoje em dia, estará todos os afectos, gostos, unidade mental, numa relação à partida tida como de amizade.
Ps.: Queria notar, que não pretendo taxar comportamentos, critica-los, fazer
juízos de valor, até porque como já disse, partilho da opinião de que nada melhor que uma boa amizade, um bom amigo, que sempre está com nós nos bons e maus momentos, que também tive, e felizmente continuo a ter!.
Só quero deixar à reflexão, que formas de estar nas nossas relações que achamos naturais, normais pela natureza humana, podem "esconder" em si muitas explicações para muitos comportamentos que noutros patamares são vistos como algo aberrante.
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