Me “falava” com os olhos…
Farejava meus afetos,
Fazer-se sentir…
Clamava atenção…
Quatro patas…sim,
E então? Amar coração.
Irracional, dizemos nós,
Ditos inteligentes,
Distraídos, convencidos…
Talvez prepotentes!
Astuta, rebelde…, leal!
A ”senhorita” d. kity,
Branca de neve,
Amiga, dedicada…, gulosa,
Porque não amorosa?
Comigo “falava” e, amava.
De seu nome KITY,
Se impunha numa casa,
Nunca se deixando esquecer,
De carinhos dados,
Muitos mais recebidos.
Quatro patas, branca, alva…
De olhar doce, melado de amor..
Kity, seu nome,
Como que se ainda aqui estivesse.
Dou por mim falando só,
Qual loucura obscena,
"Vendo" kity, de seu nome
Me seguindo, rodeando…
Docemente me aborrecendo.
Afinal ela "existe",
Não estou sonhando...
Cuidadora, zelosa de seu espaço,
Mansa, amorosa, doce mel..
Partiu olhando-me nos olhos
Como querendo dizer…
Porque terei eu que partir?
É tão bom estar aqui contigo
Meu cuidador humano, amigo!
Mas a vida é cruel, implacável,
A idade é dura, a maleita é maior..
Quatro patas, alva de pelo
De seu nome Kity…partiu.
Exaurida, cansada, magoada…
Pela vida que apesar de tudo feliz viveu.
Amada, tanta a saudade deixada!
Fazes-me falta patuda amada…
Choro a companhia perdida,
Nunca esquecida, abençoada…
Não sei se tens céu…,
Só sei que para onde foste
Um dia num plano qualquer
Te encontrarei e abraçarei…
Que viveste me deste,
Mais para alem do que pensava.
Kity, meu bem…
De ti tenho a lembrança
Do amor, do carinho,
Do cuidado, dedicação e …
Lealdade…que só uma patuda
Como tu me deu…
És abençoada…
Choro a partida,
Guardo teu olhar, teu latido,
Teu caracter…meu amor lindo
Abençoado,
Que só tu pela inocência animal
Me deste, e eu aceitei…
Ou não fosses tu a minha certeza,
De que te amei… e te sentiste amada.
Kity, ate sempre, em meu coração,
Patuda rebelde, alva… desejada.
KITY… KITY… KITY… choro a perda,
Em mim estás enquanto a mente
Mo permitir…patuda beijada!!!!
Afinal....uma patuda também é..